Em meados de Junho, partimos para um destino que não estava na nossa bucket list. Nós tínhamos outros planos para as nossas férias desse ano, mas como tudo na vida, a gente planeja tentando que dê certo. Quando não dá, o que nos resta é dar meia volta, mudar o leme e seguir o caminho.
Então, no meio do percurso começamos a planejar uma viagem ao Mato Grosso. A principio, essa viagem contaria com apenas dois destinos: Chapada dos Guimarães e Nobres. Ainda pensávamos em passar um dia e meio em Cuiabá, mas, mais uma vez, ocorreu uma pequena mudança nos nossos planos em cima da hora.
Mato Grosso
Incluindo a ida e a volta, nós passamos 13 dias no estado do Mato Grosso. Mas como é comum em todas as viagens os dias de chegada e saída são meio que perdidos. Então, foram um total de 11 dias inteiros e três paradas: Chapada dos Guimarães, Nobres e Pantanal.
Abaixo vamos fazer a nossa sugestão de roteiro a partir das nossas vivência e o que nós mudaríamos no nosso planejamento para você ter um aproveitamento ainda melhor que o nosso.
Chapada dos Guimarães
Nós chegamos em Cuiabá por volta das 10:30. Nossa ideia era chegarmos cedo na Chapada do Guimarães, pois nós sabíamos que o percurso era relativamente pequeno. Mas todo o procedimento de aluguel do carro, encontro com o dono da Roma Turismo para pegarmos os nossos voucher’s de Nobres e a parada para o almoço na estrada tomou um pouco mais de tempo do que esperávamos.
Então, nós chegamos na Pousada Villa Guimarães por volta das 16 horas, loucos para descansar, o que não aconteceu. Assim que chegamos lá resolvemos entrar em contato com a Manoela Laurindo, nossa guia na Chapada, para fechar uns detalhes.
A Manoela que vinha se mostrando uma pessoa extremamente simpática, naquele momento nos convidou para irmos com ela ao Mirante Alto do Céu ver o sol se pôr. Ela estava com uns amigos, mas disse que podíamos ir, assim íamos nos conhecendo. Nós saímos correndo e acabamos não levando equipamento. Mas já no primeiro dia nos encantamos com o local.
Nós esperávamos voltar lá outro dia da semana para fazermos a caminhada até o local onde assistimos o pôr do sol com calma, mas acabou não sendo possível.
Se eu fosse você eu planejava uma passada por lá porque vale muito a pena. Confirme os dias em que o local fica aberto, se eu não me engano é de quinta-feira a segunda-feira.
No segundo dia, fomos fazer umas atividade de aventura pelos rios da região com a equipe da Tribo do Remo. Nós passamos o dia inteiro lá, na parte na manhã fizemos o passeio conhecido como Boiá Paddle e a tarde foi a hora do Passeio Ducking.
Para encerrar o dia, fomos conhecer a Margherita Pizzaria e indicamos muito o local. A pizza estava muito saborosa e local era bem agradável com uma parte de jardim bem bonita.
No nosso terceiro dia, demos um passeio pela Cachoeira Véu de Noiva enquanto a Manoela resolvia os tramites burocráticos para o nosso passeio pelo Circuito das Cachoeiras, que tomou grande parte do nosso dia.
Como era uma segunda-feira, nós acabamos jantando numa lanchonete nas proximidades da praça central da Chapada. Não havia muito restaurantes abertos nesse dia.
No quarto dia, fomos ao Vale do Rio Claro. Nesse dia além da Manoela também fomos acompanhados por outro guia com quem ela reservou o carro 4×4, que era necessário para esse passeio. O passeio é composto com uma pequena subida a Crista do Galo que nos presenteia com uma vista de 360º da Chapada do Guimarães e depois seguimos para alguns banhos de rio e flutuação pelo local.
Nessa noite, jantamos no Cantinho da Gula com a Manu, que nos indicou essa opção como um dos melhores locais que servem espetos na Chapada.
No quinto dia, tivemos um dos dias mais incríveis na Chapada dos Guimarães. Começamos com uma parada no Mirante do Centro Geodésico. Diferente de muitas pessoas, nós não descemos para batermos foto na suposta pedra do Dedo de Deus. Mas a vista do local valeu a parada.
Seguimos para o nosso passeio principal, o Circuito das Cavernas. Porém, antes de começarmos o circuito demos uma parada a Cachoeira do Relógio, que fica bem no inicio da Fazenda Água Fria, onde almoçamos e onde se localizam as cavernas que nós visitaríamos.
O almoço estava excelente, achamos que vale a pena almoçar por lá.
Como um grande presente desse dia, nós pudemos ver o pôr do sol de um mirante da fazenda que foi tão bonito quanto do Mirante Alto do Céu.
Nesse dia, a gente tinha comido muito bem, então, acabamos apenas comendo umas tapiocas do centrinho também.
Em nosso sexto e último dia inteiro na Chapada dos Guimarães, fizemos apenas uma atividade. Logo pela manhã, fomos conhecer a Cidade de Pedras. O local tem uma vista exuberante da Chapada. Nós ficamos por lá por mais de 3 horas, mas sabemos que tem pessoas que passam pouquíssimo tempo e gente que fica bem mais tempo que nós. O tempo é uma questão de gosto.
Nós inclusive tínhamos planejado fazer essa parada junto com o passeio do Vale do Rio Claro, mas por sugestão na Manoela, depois que viu o tempo que a gente gostava de passar nos lugares, mudamos para um dia só para essa parada.
Para esse passeio, é aconselhável alugar uma 4×4 também, porque o percurso é feito por areia superfofa e a Manoela tem vários caso de carro que ficaram atolados no meio do caminho.
Depois dessa vista, fomos para a nossa parada glamourosa na Chapada. Nossa última refeição por lá foi no Restaurante Atmã, que é incrível.
Toda essa refeição foi uma experiência única. O local é incrível, a decoração é unica e a comida, só provando.
Não deixem de ir no Restaurante Atmã enquanto estiverem na Chapada.
Nesse dia, nós pretendíamos ir ao Mirante Alto do Céu para ver o pôr do sol da Chapada uma última vez. Mas por volta das 15 horas a chuva caiu com força na Chapada, a neblina baixou e nós ficamos felizes por termos conseguido fazer todos os nossos passeios antes do tempo mudar.
No dia seguinte, sétimo dia da viagem, acordamos e o tempo estava ainda muito fechado na Chapada. Nós apenas tomamos café da manhã e deixamos a Chapada dos Guimarães para trás e seguimos para nosso segundo destino.
Bom Jardim / Nobres
Nós chegamos em Nobres por volta do meio dia, passamos na Pousada Lagoa Azul, onde nos hospedamos, apenas para pegarmos algumas dicas sobre o que fazer naquela tarde.
O dia não estava muito bonito, mas a responsável na recepção da pousada nos indicou ir até o Aquário Encantado para fazermos a primeira flutuação do dia e assim aproveitarmos um pouco. Ela nos informou que poderíamos almoçar por lá também.
Foi isso que fizemos e valeu muito a pena. Mesmo com o dia meio nublado o Aquário Encantado nos encantou.
No segundo dia de Nobres – oitavo da viagem, acordamos com o dia ainda meio fechado. Nesse dia conhecemos o guia que nos acompanharia por dois dias em Nobres. O Sr. Natanael sugeriu que fossemos para a Cachoeira Serra Azul, pois segundo ele, a cachoeira se localizava num local em que o tempo estava melhorando. Seguimos a dica dele e não nos arrependemos. Quando chegamos na cachoeira aproveitamos um dia bem bonito.
Depois da Cachoeira Serra Azul, seguimos para uma flutuação no Rio Triste. Como o dia estava mais bonito, com mais sol, a água do Rio Triste estava ainda mais bonita do que no dia anterior no Aquário Encantado.
Para fechar esse dia, seguimos para apreciarmos o pôr do sol da Lagoa das Araras. Vimos muitas araras e um pôr do sol muito bonito para fechar o nosso dia com chave de ouro.
No terceiro dia, nono da viagem, começamos o dia com mais um flutuação. Dessa vez, fomos até o Refúgio da Água Azul. Assim como as outras a flutuação foi boa, mas de todas as que fizemos essa foi a mais simples, a que menos nos encantou.
Mas o que há de legal nesse refugio é que ele não serve apenas para flutuação. Ele é um balneário que você pode pagar uma taxa e passar o dia inteiro. Os donos, inclusive, servem almoço.
Depois de uma manhã inteira pelo Refúgio da Água Azul entre flutuação e descanso no balneário seguimos o passeio para fazermos uma atividade um pouco mais emocionante: o Boiá Cross no Duto do Quebó. Como nós fomos na época de seca, o rio não estava tão alto, o que fez que a atividade não fosse tão emocionante e, sim, mais contemplativa. De repente, com o rio mais cheio seja mais no estilo de aventura.
Como última atividade do dia fizemos a flutuação no Vale das Águas. Entre todas as flutuações que fizemos em Nobres, a do Vale das Águas se encontra no nosso TOP 2. Achamos o local bem cuidado, o rio bem bonito. Além do que gostamos muito do atendimento.
No quarto dia, que era nosso último dia inteiro no local e o décimo da viagem inteira, nós tivemos poucas atividades. Foi um dia mais para relaxar do que de atividade intensas. Pela manhã fomos até o Balneário Estivado e curtimos o sossego das águas. Como era uma segunda-feira não havia ninguém além da gente, já no fim de semana tínhamos visto muito movimento no local.
Depois da manhã relaxando fizemos nossa última flutuação de Nobres. Fomos até o Reino Encantado e fizemos a flutuação TOP 1 da viagem. Foi nessa atividade que tivemos o grande encontro da viagem: vimos duas arraias.
Lembre-se que Nobres é um pequeno vilarejo que ainda tem um lado bem rústico. Não foi fácil achar lugares para comer, principalmente, jantar nas noites de domingo e segunda-feira. Pelo que conversamos com as pessoas do local, de quinta a sábado o movimento é maior.
Pantanal
No quinto dia em Nobres e décimo primeiro de viagem, nós levantamos e seguimos a viagem rumo ao Pantanal.
O percurso levou um bom tempo, saímos de Nobres por volta das 10 horas e chegamos em Poconé depois das 14 horas. Assim que chegamos lá fizemos o check in em nossa hospedagem, almoçamos e fomos até a Pousada Piuval onde faríamos o nosso day use no dia seguinte.
Na parte da noite, fomos conhecer o centro de Poconé e jantar pela região.
Em nosso único dia completo no Pantanal e décimo segundo da viagem, passamos o dia na Pousada Piuval, que fica no quilometro 10 da Transpantaneira. Na pousada fizemos caminhada, usamos a piscina e trilha pela vegetação.
Ao término desse dia, só sabíamos que um dia vamos ter que voltar ao Pantanal. Na próxima vez, teremos que nos hospedar mais para dentro do Pantanal e, se possível, ver uma onça. Porque dessa vez ficamos apenas no quase.
No dia seguinte, nos restou acordar cedo e seguir o caminho de volta ao aeroporto.
O que eu mudaria no meu roteiro?!
Talvez eu tivesse ficado mais tempo na Chapada dos Guimarães para conhecer algumas das cachoeiras que podem ser visitadas sem guia. Mas considerando que quando fomos o tempo fechou no dia em que fomos embora, achamos que foi bom não termos mais um dia lá.
Talvez eu colocasse mais uns dias para conhecer Cuiabá. E, no nosso caso, três dias e meio em Nobres foi mais que suficiente. Talvez, dois e meio tivesse dado para fazermos as mesmas coisas. Seria mais corrido, mas daria.
Então, no geral, achei nosso roteiro bem redondo para o nosso tipo de viagem. Pessoas que viajam para explorar bem o local e sem muita pressa.
Esperamos que essa sugestão de roteiro ajude você a ter uma ótima experiência no Mato Grosso.
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Viagem realizada em Junho de 2015.
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